Netos são como heranças.
Você os ganha sem merecer.
Sem ter feito nada para isso.
De repente, lhe caem do céu...
O neto é, realmente,
o sangue do seu sangue,
filho do filho,
mais filho do que filho, mesmo...
“Os netos são filhos com açúcar”
Cinquenta anos, cinquenta e cinco...
Você sente, obscuramente,
que o tempo passou
mais depressa do que esperava.
Não lhe incomoda envelhecer, é claro.
A velhice tem suas alegrias,
as suas compensações.
Todos dizem isso,
embora você, pessoalmente,
ainda não as tenha descoberto,
mas acredita.
Todavia, também obscuramente,
sente que, às vezes, lhe dá aquela nostalgia da mocidade.
Do tumulto da presença infantil ao seu redor.
Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas
que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações,
você não encontra de modo algum
as suas crianças perdidas.
Sem dores, sem choros.
Aquela criancinha da qual você morria
de saudades, chega.
Símbolo ou penhor da mocidade perdida.
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um Filho seu que lhe é devolvido.
E o espantoso é que todos lhe reconhecem
o seu direito de o amar com extravagância.
Ao contrário, causaria espanto, decepção,
se você não o acolhesse imediatamente
com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá netos para nos compensar de todas as perdas trazidas pela velhice.
São amores novos, profundos e felizes,
que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
É quando vai embalar o menino e ele,
tonto de sono, abre o olho e diz: "Vó ",
que seu coração estala de felicidade,
como pão no forno!
Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do jardim-de-infância pediu
aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam.
Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho
ao redor das figuras.
Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu da sua mesinha e foi
até à mesa da professora e disse:
- Professora, como a gente escreve...? Ela não o deixou concluir a pergunta.
Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula.
Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando voltou para sua casa, naquele
dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da
cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.
Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a
mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse.
- Mamãe, como a gente escreve...?
- Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não
bata a porta, foi a resposta dela. Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso.
Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse:
- Papai, como se escreve...?
- Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora. E não bata a porta. O menino dobrou o desenho e o guardou no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas. Todos os tesouros que ele encontrara enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.
Os anos passaram...
Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie fez um desenho.
Era o desenho da sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida ela disse.
- Este aqui é o papai! A garota também riu. O pai olhou para o grande círculo
vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.
Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: eu volto logo! E voltou.
Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do
lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou.
- Papai, como se escreve amor? Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e
a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia:
amor,
querida, amor se escreve com as letras T...E...M...P...O (TEMPO).
Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.
Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição.
Por fim, lembre: se não tiver tempo para amar, crie.
Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo...
...bom, o tempo é uma questão de escolha.
Numa terra em guerra,
havia um rei que causava espanto.
Sempre que fazia prisioneiros,
não os matava: levava-os a uma sala onde havia
um grupo de arqueiros de um lado
e uma imensa porta de ferro do outro,
sobre a qual viam-se gravadas figuras
de caveiras cobertas por sangue.
Nesta sala ele os fazia enfileirar-se em círculo
e dizia-lhes, então: ”Vocês podem escolher entre morrerem
flechados por meus arqueiros ou passarem por aquela porta
e por mim serem lá trancados".
Todos escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao terminar a guerra, um soldado que
por muito tempo servira ao rei dirigiu-se ao soberano:
-Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
-Diga, soldado.
-O que havia por detrás da assustadora porta?
-Vá e veja você mesmo.
O soldado, então, abre vagarosamente a porta e,
à medida em que o faz, raios de sol vão entrando
e clareando o ambiente... E, finalmente, ele descobre, surpreso, que...
...a porta se abria sobre um caminho que conduzia à LIBERDADE!!!
Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar?
Quantas vezes perdemos a liberdade e morremos por dentro,
apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?
Pense nisso!
Viva, sem medo
Hoje existem edifícios mais altos e estradas mais largas, porém temperamentos pequenos e pontos de vista mais estreitos.
Gastamos mais, porém desfrutamos menos.
Temos mais compromissos, porém menos tempo.
Temos mais remédios, porém menos saúde.
Falamos muito, amamos pouco e odiamos demais.
Chegamos à lua, porém temos dificuldade de atravessar a rua e conhecer os nossos vizinhos.
Conquistamos o espaço exterior, mas não o interior.
Temos mais dinheiro, porém menos moral.
É tempo de liberdade, porém de menos alegria.
Tempo de mais comida, porém menos vitaminas...Dias que chegam dois salários em casa, porém aumentam os divórcios.
Dias de casa mais lindos, porém de lares desfeitos.
Por tudo isso proponho que hoje e para sempre...
Não deixe nada para uma "ocasião especial", porque cada dia que viver, será ocasião especial.
Procure Deus...Conheça-o
Leia mais, sente-se na varanda e admire a paisagem sem se importar com as tempestades.
Passe mais tempo com a família, coma a sua comida preferida, visite lugares que ama.
A vida é uma sucessão de momentos para serem desfrutados, não apenas para sobreviver.
Use uma taça de cristal, Não guarde o seu melhor perfume, é bom colocá-lo cada vez que sentir vontade.
As frases "algum dia","um desses dias", elimine de seu vocabulário.
Escreva aquela carta que pensava escrever "um dia desses".
Diga aos seus familiares e amigos o quanto os ama.
Por isso, não nada daquilo que somaria à sua vida, sorrisos e alegria.
Cada dia, hora, minuto são especiais, porque não se sabe se será o último.
VIVA A VIDA
. NETOS
. AS BEM-AVENTURANÇAS DO CA...