Domingo, 1 de Agosto de 2010

DEUS NÃO CASTIGA

-Amor, acorda, o bebé está chorando.

-E daí?

-Ele deve estar com fome, prepara a mamadeira para ele.

-Querida, estou muito cansado...

-Mas já levantei quatro vezes esta noite, faz esse favor para mim.
-Deixe ele chorar!

-Não é assim que se deve tratar o seu único filho!

-Está bem, eu vou, mas se ele voltar a chorar, você quem irá.

O marido levantou meio atordoado pelo sono
- Esse bebé está me dando mais trabalho do que eu esperava! Se
soubesse, teria caído fora a tempo - pensava ele enquanto esquentava a
mamadeira do bebé.

No momento em que ele chegou ao berço o bebé já havia parado de chorar.
- Agora que esquentei a porcaria da mamadeira, o filho da mãe dorme!
Não mereço esse castigo.

-Acorda pirralhinho! Agora que eu esquentei, você vai ter de tomar
até a última gota! - E balançava a criança com a mão, ela não se
mexia.
- Acordaaa! Você me acordou, agora eu que estou te acordando!
- ele então reparou que a cabeça da criança estava azulada. Seu
desespero foi imediato, pegou a criança no colo e correu para o seu
quarto.

- Querida! Pelo amor de Deus, acorde! Ele não se mexe! Me ajude!
Ela pulou da cama em desespero e em um segundo já estava com a
criança em suas mãos, estava morta.

- Ele morreu! Olha o que você fez com meu bebê!
 – Não foi culpa minha, eu cheguei no berço e ele estava assim! -
As lágrimas jorravam de seu rosto
 – Pelo amor de Deus, diga que não está acontecendo.

- Deus! Por que você me castiga deste jeito!

E então se lembrou de tudo que pensou enquanto preparava a mamadeira.

E reflectiu sobre todos os quatro meses que passara junto ao
bebé, nunca fora um bom Pai, enquanto sua mulher se dedicava com todas
as suas forças ele o ignorava, e ignorava também a mulher quando
cobrava dele "Pegue-o no colo, só um pouquinho", " -Veja amor, ele
está sorrindo", "-Ele tem cócegas nas bochechas. Amor, você não está
olhando.", "- Não chama ele de pirralho, ele é seu filho.".

Sentia a culpa tomar conta de si, sentia-se desgraçado, ele era o
culpado e não tinha dúvidas disso.

- Fui eu, – Disse ele, havia amargura em seus olhos.

- Eu nunca mereci esta criança, nunca dei amor suficiente, nem para
você, e nem para ela. - As lágrimas pareciam não ter fim. - Foi Deus
quem me castigou! Ele era meu filho! Meu filhinho! - E desabou
novamente a chorar.

A essa altura ele esperava por qualquer coisa da mulher. "Ainda
que me matasse, estaria certa" – pensava. E não era de se espantar se
ela o fizesse pois estava com o rosto fechado, seus olhos encharcados
pareciam ter morrido junto com o bebé. Segurava a criança no colo e
não dizia uma palavra. Então ela quebrou o silêncio, sua voz era rouca
e melancólica.

-Deus não castiga. Sei que você nunca deu atenção suficiente ao
bebé, ele te adorava e você nunca ligou para isso. Mas não te culpo
por isso, e apesar de tudo sei que você o amava. - Ela sorrira - Se
não o amasse, não estaria em tantas lágrimas agora.

Ele não entendia por que ela o consolava. "Ela devia me matar" - pensou
- "Assumi que não presto e mesmo assim ela me consola" E então ele se
lembrou de todas as vezes que ela foi amável com ele, e não eram
poucas pois em todo o mundo, ele não conseguia pensar em alguém mais
pura e gentil. -"Tinha tudo que poderia desejar e nunca dei valor." -
Nessa hora seu choro dobrou de tamanho, não sabia mais se chorava por
seu filho ou por sua esposa, mas entendeu que seu choro era de
arrependimento.

Tentou dizer algo para a esposa mas uma nuvem branca tomou conta de
seus olhos e de repente tudo ficou negro.

-Amor, acorda, o bebé está chorando...- era voz de sua mulher.
Abriu os olhos, estava deitado em seu quarto.

-Amor, ele deve estar com fome esquenta a mamadeira.... por que você
está chorando?

-Nada, já estou indo. - De longe dava para escutar a voz de seu
filho chorando.

Ele correu até o berço e lá estava seu filho, chorava muito. Ele o
pegou nos braços e beijou a criança. Ela cessou o choro, estava rindo

"-Ele tem cócegas nas bochechas." - Lembrou. Ele ficou brincando com
a criança por um longo tempo até que sua mulher chegou.
-Você não voltou para cama, fiquei preocupada. Alguma coisa errada
com o bebé?

-Veja amor, ele está sorrindo! - Ele parecia uma criança com um
brinquedo que acabara de ganhar – Meu filho está sorrindo para mim! A
mulher se comoveu, nunca havia visto seu marido daquele jeito. Ele
fazia cócegas na bochecha do menino e depois o beijava, parecia
outro homem. Ela o abraçou.

-Querido, há muito tempo eu venho pedindo a Deus que você
passasse a gostar mais dessa criança. Fico grata por Ele ter me
atendido.

-"Deus não castiga". - Lembrou ele em voz alta.
-O que você disse?
-Nada querida. Eu te amo!
-Também te amo.

MORAL DA HISTÓRIA

DEUS NÃO CASTIGA! Deus evita de nos castigar, pois nos ama muito.
Mas que ele tem um jeitinho maroto de nos ensinar ele tem. (mesmo que
sua mensagem chegue em forma de pesadelo).
Preste sempre atenção nos mínimos detalhes da vida, é
Aí que Deus nos fala.

publicado por saozinhasimoes às 19:34
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