Certa vez uma criança de sete anos perguntou à sua mãe, que era famosa apresentadora de programa de TV:
- Mãe, por que no ecrã da televisão aparece, sorrindo e feliz e em casa estás sempre séria e nervosa?
A mãe, pegada de surpresa, respondeu:
- É porque na televisão eu sou paga para sorrir.
E a filha, mais que depressa, tornou a perguntar:
- Mãe, quanto queres ganhar para sorrir também em nossa casa?
A pergunta da menina, nos oferece motivos de reflexão.
Por que não sorrir no melhor lugar do mundo, que é o nosso lar?
Por que não dar para os nossos tesouros mais preciosos, o melhor?
Já parou para observar um irrigador de jardim em funcionamento?
Girando, ele irriga toda a grama à sua volta.
Mas quando chegamos mais perto, observamos que a grama que está próxima do irrigador, está seca.
O irrigador molha a grama que está distante de si, mas não consegue molhar a grama que está mais próxima.
Será que em nossa família estamos agindo à semelhança do irrigador de grama?
Se estamos, é hora de mudar com urgência.
Verifiquemos que quando um amigo vem à nossa casa, colocamos um sorriso no rosto.
Procuramos ser prestativos, companheiros, perguntamos como ele está, o que tem feito.
Somos extremamente simpáticos.
O nosso rosto é a própria expressão da alegria e da camaradagem.
Batemos carinhosamente em suas costas.
Olhamos com respeito e amizade nos seus olhos.
Sorrimos e sorrimos muito.
Toda a nossa atenção, durante o tempo em que ele está connosco, é para ele.
Deixamos as nossas actividades habituais, largamos o jornal, deixamos de assistir o programa de tv que tanto gostamos.
Termina a conversa, o amigo precisa ir embora e despedimo-nos.
Acompanhamo-lo até à porta, ficamos acenando até ele desaparecer na rua.
Agora, voltamos para o interior da nossa casa e para nossa família.
Como que num passe de mágica, nosso rosto se fecha, ficamos carrancudos.
Vamos ler nosso jornal em silêncio, e que ninguém nos perturbe.
Passamos a ser outra pessoa.
Junto ao amigo somos pessoas simpáticas e sorridentes.
Junto à nossa família somos antipáticos e exigentes.
Porquê?
Será que os nossos amores não merecem a nossa atenção e o nosso carinho?
Pense nisso!
Se deu conta que está agindo mais ou menos como um irrigador de grama, reverta logo a situação.
Ainda hoje, enquanto está com seus filhos, sua esposa, seus pais, seja alegre.
Converse. Interesse-se pela vida deles.
O que eles fazem enquanto você está na escola, no trabalho, na rua?
Eles estão com algum problema?
Gostariam de contar?
Sorria. Conte histórias de bom conteúdo.
Relate factos de sua experiência. E sorria.
Sobretudo, abrace com carinho, beije com amor.
Agindo assim, nossa casa se transformará em um lar.
E ainda hoje seremos mais felizes.
. NETOS